Eu não sou um afeiçoado pelo BBB, o reality show é, por muitas vezes, no melhor dos palavriados, uma piada. Mas encontrei um texto bem forte do Luiz Fernando Veríssimo, que - justiça seja feita - tem gabarito para falar sobre cultura e tudo mais... Enfim... confira:
Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido
e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do
poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que
há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras
adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim
marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela
banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas,
heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por
Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que
quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou
heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE..
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um
“zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem
variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o
judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd
tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo
Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o
maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
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