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Filosofia da Educação para quê?

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Quando se pergunta “filosofia da educação para quê?” se questiona acerca da razão de ser da filosofia. Torna-se complicado apresentar uma razão de ser sintética para a filosofia e para sua implicação na educação. Tanto mais difícil é discorrer sobre ela determinando um aspecto como significado único. O que se deseja apresentar é que a filosofia tem grande importância para todos os segmentos da sociedade, e na educação sua importância tem caráter extremo.
A educação, por sua vez, é extremamente importante para o contínuo desenvolvimento de cada indivíduo; ora, torna-se imprescindível que dois fatores sejam associados a este processo: educadores capacitados que possam ser guias na busca do conhecimento; e, sistemas educativos que possam conceder espaço ao crescimento dos educandos. Considera-se, também, que os educandos devem possuir atitude ativa no processo pelo qual são conduzidos.
A filosofia na formação dos educadores tem seu papel central na possibilidade de conferir-lhes uma postura de crítica e autocrítica. Uma forma notadamente necessária de estimular a produção de conhecimento é o uso da problematização; e para problematizar e saber conduzir os educandos no cominho da solução, ou ao menos da busca por uma solução, é importante a postura crítica que a filosofia estimula no educador. As “ferramentas” com as quais a filosofia deseja que se saiba trabalhar são: o pensamento, a palavra e a escrita. A tríade de “ferramentas” exigidas pela filosofia é base da atividade de todo educador. Não há quem não faça uso de, ao menos, uma delas.
Tendo-se acenado para a importância da problematização, torna-se importante dedicar à ela uma atenção especial. O sistema utilizado no processo educativo consta, muitas vezes, apenas de conteúdo programático. O que a simples transferência de conteúdos pode fazer é retomar o sentido etimológico da palavra aluno. Aluno, do latim, alumno (a = partícula de privação ou negação; luminem = iluminação, iluminado). A utilização de um conteúdo problemático possibilita a produção de um conhecimento verdadeiro; o educando é agente ativo no processo e começa a construir sua autonomia.
A autonomia no processo educativo busca fazer com que o educando possa, verdadeiramente, conhecer. Visa eliminar a repetição mecânica e estimula os pensamentos. Há quem diga que a matemática, por exemplo, não tem no que pensar dada a assertiva “2 + 2 = 4”, afinal esta é uma idéia imutável e objetiva. Certamente endossa-se esta afirmação, porém é válido acrescentar que ainda deste modo a atividade do pensar se faz presente. Considere-se que para realizar uma operação abstrata como “2 + 2 = 4” exige-se alta atividade de pensamento. Não se pretende retomar as teses de alguns filósofos sobre os números e suas representações, apenas acenar para a importância de encontrar o verdadeiro conhecimento, inegavelmente, envolto pela filosofia.

Finalidades Educacionais/Professor e Alunos: Companheiros de jornada

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É pertinente esclarecer inicialmente que as finalidades educacionais encontram sua função e importância na aprendizagem do aluno. Sem dúvidas, ao questionar sobre a finalidade da educação, a resposta correta é: aprendizagem. Esta por sua vez tem como princípios norteadores os quatro pilares da educação propostos pela UNESCO – “Aprender a Conhecer, a Fazer, a Conviver e a Ser”.
Diante do desenvolvimento de suas funções o educador encontra grandes desafios, e certamente, levar o aluno a aprender é um deles. Cada educador deve cultivar sua crença no processo educativo. É preciso que se acredite que a educação pode atingir sua finalidade, mudar o caráter de um jovem educando e, por conseguinte, o futuro de um adulto educado.
Os pilares propostos pela UNESCO buscam assegurar que o educador não perca de vista os objetivos. A crença, sem a qual o educador perde uma importante característica, deve impulsionar o trabalho de cada mestre.
O desafio de fazer brotar a aprendizagem nos alunos está em fazê-los conhecer, conhecer a realidade que os cerca, a cultura, a vida, os valores e virtudes. Ensiná-los a fazer, cientes do mundo, cultura e realidade onde estão inseridos e conhecedores de virtudes e caminhos possíveis, sua história como agentes ativos e primogênitos. Levá-los a conviver, agentes da história, conhecedores treinados, estabelecer relação com os indivíduos que formam sua sociedade, vivendo com eles as possibilidades ofertadas. E, levá-los a ser, e ser com eles. Este último desafiante pilar possui grande importância. Levar a ser e ser com eles, dois sentidos que devem figurar claramente entre os objetivos buscados no processo educativo.
É impossível não afirmar, diante disso, que as finalidades repercutem em grande escala naquele que se dispõe a acompanhar os alunos. Não há como entender que o professor não seja tomado por esta disposição e não se coloque no caminho com cada aluno. Aquele que não entra na disposição de acompanhante, mas vive o caminho e é o companheiro viajante não leva nem chega, sequer sai do lugar.
Torna-se mister considerar que a finalidade esta em comunhão com diretrizes desenvolvidas, em clarividência, relacionada com a aprendizagem, mas nada é sem a disposição de ambos os companheiros de viagem. Sabendo que para alcançar os objetivos finais o professor precisa provocar seus alunos, antes assume para si a provocação fundamental.