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Incrível

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É incrível como nos deparamos com determinadas coisas em nossos dias... em nossa vida...
O tempo vai passando, os dias vão correndo, as horas de nossos dias apressam nossas atividades... às vezes nos reservamos várias horas para esquecer das horas... fazemos nosso lazer.

Mas alguns dias são especialmente diferentes dos outros. Nestes dias, nos deparamos com algo que aconteceu em nossa vida, e nem sabemos exatamente quando começou.

Tenho reparado algumas coisas ultimamente... Reparei que minha barriga está maior do que já foi antes...que hoje tem muito mais fios de cabelos brancos do que eu tinha dois anos atrás, e do que eu esperava ter nesta idade...

Reparei que minhas roupas já estão tanto tempo comigo e são filhas únicas, que já nem vão mais querer sair do armário...faz tempo que não renovo as prateleiras.

Percebi que estou bem mais velho do que estava quando tinha metade da minha idade... mas que estou bem mais jovem do que quando tiver o dobro de idade que tenho hoje.

Percebi que com isso... já sei um montão de coisas... mas isso faz com que eu ainda tenha que saber um montão de outras coisas que ainda não sei...

Já tenho uma casa... que ainda está bem mais arrumada do que estava meses atrás, mas ainda não está tão interessante quanto estará daqui a alguns meses.

Me dei conta de que boa parte dos meus amigos queridos já está com tanta experiência quanto eu... ou mais... ou menos... mas levam vidas nem tão próximas quanto ao que já tivemos antes...


Não! Não estou me lamentando da vida, e muito menos deprimido. O Interessante de todas essas percepções é que ao mesmo tempo que são gerais, que podem ser sentidas por todas as pessoas...em um determinado momento, pois qualquer um pode olhar-se no espelho, ou colocar sua própria vida no espelho e encontrar as verdades que lá estão. O mais interessante mesmo é que são percepções, ainda que gerais, tão íntimas de cada pessoa, tão minhas, que às vezes até me assustam... Mas são sustos tão bons...

O fato é... quis contar... fique a vontade para detestar, discordar...reclamar...

se quiser, e puder, acrescente seu comentário no blog... se não quiser...esquece...

O Pulo: mais uma história sobre o "joãozinho"

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Em um fim de tarde, seis garotos retornavam de uma saborosa visita ao pomar da fazenda. Iam por uma estrada de chão batido, na alegria juvenil, aproveitavam o caminho para realizar suas travessuras. Nesses grupos sempre há um José metido a Tarzan, um Bruno dando de ligeiro, um Márcio que é bom na rasteira, um Gabriel metido a intelectual e um César mais palhaço do que o próprio palhaço. E um João, coitado, que corre pouco, come muito e sofre nas travessuras dos colegas.

João é a graça das travessuras. Ele corre para um pasto e atrás dele vão os colegas. Bruno com sua rapidez o alcança quando já está no meio do pasto e Márcio o derruba. Coitado do João, não se sabe mais onde termina o seu corpo e onde começam os nojentos presentes que as vacas costumam deixar no pasto. César arremata com uma piada, e Gabriel buscando por palavras cultas diz: “como diria o francês ‘ces’t la vie’”, ou seja, ‘é a vida’. E todos dão muitas gargalhadas.

Passado este terrível fato, João não agüenta mais, tudo que ele mais quer é ir para casa. No caminho de volta era necessária a travessia por uma cerca, como é comum encontrar nesses lugarejos de fazenda. Gabriel e César, já cansados, passam por baixo da cerca e aguardam os colegas. José aproveita um barranco próximo da cerca e resolve atravessá-la no pulo. Para não ficarem para trás Bruno e Marcio fazem o mesmo. João nesse meio de tempo já havia passado por baixo como os outros dois, mas, raivoso como estava, gritou: “pular assim até eu pulo, seus aparecidos”. Parece que nessa hora ele se esqueceu da forma que possuía por ser um pouco comilão.

Ninguém acreditou no ocorrido. João voltou para o outro o lado da cerca, estava com medo, os colegas desacreditados deram as costas. O ligeiro ainda avisou: “não é preciso provar nada”. De repente alguém grita avisando: “ele vai pular”, mas quando chega à ponta do barranco recua. Toma nova distância. Gabriel, percebendo seu estado psicológico e relacionando o peso de João com a altura da cerca, prevê que o pulo não obterá seu sucesso e avisa: “teremos que socorrê-lo”.

A única coisa que ouvem é um grito, o coitado pulou. Gritava e pedia socorro sem ninguém saber o motivo. Gabriel se aproximou primeiro, viu o grave acontecido. Nessa hora os outros correram, César foi providenciar ajuda, logo muita gente estava em volta. Era fato, fratura exposta.

Quando chegou o médico confirmou o que já era incontestável. Foi necessário um tempo no hospital, outro na cadeira de rodas e outro ainda nas muletas. E não foi suficiente, outra intervenção foi necessária para a colocação de charmosos e necessários pinos. Que sufoco.

Aquela tarde ficou registrada na mente dos outros garotos como no corpo de João. A esperança que fica é que eles tenham aprendido que não se pode estimular ninguém a exceder suas capacidades e nem fazer dele motivo eterno de chacota. Enquanto espera-se também que João tenha aprendido que não vale a pena se deixar levar pela raiva e por fatores externos que desestabilizam nosso equilíbrio interno.


* Os nomes são fictícios, mas a história é real. Aconteceu na minha época de seminário.

Reflexão

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O que é refletir?

Ando confuso com relação a uma série de conceitos...