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Educação em cena: Vamos Fazer Teatro?

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Publicado no Blog Giro Sustentável - Gazeta do Povo em 16/09/2010

Alunos do projeto, em cena: teatro pode ser um poderoso aliado para a escola

Quem nunca foi a um teatro, ou viu uma encenação de rua, ou na TV ou, ainda, testemunhou cenas de amigos e conhecidos? Representar é uma necessidade humana. As pessoas sempre representam suas tristezas, angústias, alegrias, carências. Assistir a uma peça teatral ou fazer teatro é ver o mundo e se perceber parte deste mundo.

Na escola, o teatro é um poderoso aliado para gravar na memória um determinado tema, ou para refletir, através de um impacto emocional, sobre questões morais e sociais. Usar as técnicas de teatro como forma de contribuir para a formação humana é prática consistente desde os tempos dos filósofos gregos, como Sócrates e Platão. O teatro era, naquele tempo, um formador da personalidade do homem e um instrumento de difusão do conhecimento e prazer literário.

O Instituto RPC, em parceria com o Teatro Parque da Criança, desenvolve o Projeto Vamos Fazer Teatro, que visa promover a interação social e cultural dos estudantes e trabalhar a sua formação artística. O projeto contribui para melhorar indicadores escolares, para o aumento do nível de socialização e expressão, a diminuição dos índices de violência e o estímulo ao protagonismo juvenil, além de mostrar novas perspectivas profissionais.

O projeto promove participação e envolvimento de professores, alunos, diretores, pais e comunidade; contribui para que os alunos se tornem mais disciplinados, desinibidos e melhorem o rendimento escolar; e aumentem a frequência escolar.

Além disso, o projeto proporciona benefícios sociais e acadêmicos. Formar grupos de teatro com os alunos alimenta seus sonhos e levanta sua auto-estima. É perceptível no rosto dos estudantes a empolgação por participar das atividades. Eles encaram os compromissos com seriedade e fica claro o empenho dos alunos em prestar atenção ao personagem, entender o texto e superar seus limites para encenar com qualidade, oferecendo o melhor de si.

O professor precisa se alimentar

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Publicado no Blog Giro Sustentável - Gazeta do Povo em 24/09/2010

Muito se discute sobre a qualidade da educação e do ensino. Não se pode esquecer da presença do professor neste importante processo formativo. É a resposta do professor que pode fazer com que a crise de um estudante aumente ou seja amenizada, é a postura do professor em sala de aula que se reflete na postura dos alunos. Os alunos são, como diz Rubem Alves, a continuidade do professor, pois mantêm vivo, no brilho dos seus olhos, a vida daquele que os ensinou a ver o mundo. O professor tem grandes responsabilidades.

Para dar conta de tudo o que é necessário, o professor precisa se sentir comprometido com a turma que orienta. Além disso, é preciso desejar o crescimento dos “pupilos”, almejar sua autonomia. Segundo o filósofo Nietzsche, retribui muito mal ao mestre aquele que continua sempre a ser discípulo. O professor precisa almejar que seus alunos o superem, que cresçam abundantemente.
No entanto, como diziam nossas avós, “saco vazio não pára em pé”.

Daquilo que se encontra esgotado, nada mais se pode tirar. Diante do universo de responsabilidades que pertencem aos professores, muitas vezes eles ficam esgotados. São muitas horas em sala de aula, somadas com horas de pesquisa, planejamento, avaliação... sem contar a vida pessoal, a família, os amigos, etc. Para dar conta de distribuir, orientar, incentivar, corrigir é preciso antes, agregar. A formação continuada é fundamental.

Participar de programas de formação continuada e outros momentos que propiciam ao professor preparar-se melhor é renovador. E formação continuada não pressupõe apenas agregar conhecimento acadêmico, mas também encher-se de ânimo, de desejo, de orgulho, de emoção, compartilhar experiências, comemorar sucessos, reavaliar fraquezas, ler, conhecer, debater.

Isso tudo deve ser tão natural ao professor quanto alimentar-se. Pois só um professor motivado é capaz de motivar. Aquele que ama o que ensina, torna a aprendizagem viva e significativa e poderá vislumbrar sua própria vida continuada no brilho dos olhos dos seus estudantes.