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Andar de ônibus: uma coisa totalmente ilógica


Em muitos lugares se diz que Curitiba é a melhor cidade em termos de mobilidade. Eu concordo que realmente temos muitas possibilidades de locomoção pela cidade, mas a pena é que esse título de capital da mobilidade não está considerando a qualidade com que se tem a tal mobilidade.

Bem, o ônibus é o maior contra-senso que existe. Afinal, tudo que aprendemos perde o sentido lá dentro. A começar por termos aprendido, desde a escola, que dois corpos não ocupam ao mesmo tempo o mesmo espaço. No ônibus essa lei da física não se aplica. Para cada espaço, ou melhor, para cada metro quadrado estima-se que 6 pessoas o ocupem. Considerando que o pessoal sempre dá uma apertadinha para caber mais alguém, vemos até 8 pessoas nesse mesmo um metro.

Além disso, tem outro aspecto muito contraditório nessa atividade. Pela lógica, para entrar em algum lugar o caminho precisa estar desobstruído. Para embarcar nos ônibus “ligeirinho”, aqueles que embarcamos de uma estação, chamada “tubo”, é preciso encontrar um jeito de passar, mesmo com pessoas a sua frente, que incrivelmente não foram apresentadas à condição acima, ou seja, nem se ligam que se não vão embarcar no ônibus em questão, devem dar espaço para quem vai. Neste caso, quem já jogou rugby, ou faz alguma luta, se sai melhor. Mas mesmo assim, em alguns casos, o ônibus fecha as partas e se vai antes que possamos passar.
Sempre ouvimos, desde cedo, que devemos ser educados com as pessoas, usar das palavrinhas mágicas, e tudo mais. Muita gente que anda de ônibus fazem com que sejam questionadas estas regras de convivência. Quando alguém quer passar por você, simplesmente passa, sem dizer nada. Isso sem contar aquelas pessoas que ficam cutucando a cabeça de quem está sentado com suas malas, pura represaria. Ah, ainda tem aquelas que mesmo quando vêem que o veículo está lotado, tomam distância lá de fora e se jogam contra o povo de dentro, e mesmo sem nem pedir “com licença” vai cavando espaço onde não há. Se nessa condição, quem está em pé mover o pé, danou-se, perde o lugar e não volta mais o pé para aquele espaço.

Isso sim que é mobilidade de qualidade! Vamos atender as campanhas? Andar de ônibus ainda mais? Todos deveriam usar transporte coletivo, isso diz a campanha. Pergunto-me, se hoje usam aqueles que não tem outro meio, imagine se quem tem carro também viesse de ônibus. Não me parece uma boa ideia!





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