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Paixão

Vamos apresentar um pouco de história...

Everton Renaud, conforme alguns conhecem, foi seminarista em Agudos, São Paulo, um irmão franciscano. Uma vida muito boa Que durou por certo tempo, mas deixou de existir. tudo mudou. Em 2006 ingressei no curso de Filosofia, ingressei no segundo módulo, lá pelo mês de março. Foi uma época bem interessante. Neste tempo a intensidade e dureza dos estudos já não me causava mais pânico, o que mudou é que era preciso aprender a viver de um modo diferente. Muitas são as diferenças entre vida de convento e vida fora do convento. Mas fui aprendendo. Passaram, então, os meses, e com eles, o ano. Foi um ano muito difícil, muitas lágrimas foram derramadas. Não pensem os amigos que não notei a presença deles, cada ao está registrado no meu coração, todos foram importantes, mas eu ainda não estava curado interiormente, minha alma ainda sangrava, mas quando 2007 começou, o meu espírito estava maior, com uma cicatriz, não sangrava mais.
Jociane Busatta, como alguns também o sabe, foi religiosa franciscana. Irmã Franciscana da Beata Angelina. Vida vivida por um tempo razoável, quase dez anos. Vida que trouxe muitas experiências, muitas alegrias, muita formação... grandes amizades. Iniciava o curso de filosofia na mesma instituição onde eu fazia o segundo ano do mesmo curso.
Como eu havia ingressado no segundo módulo, no segundo ano precisei fazer as disciplinas do primeiro módulo que eu havia perdido, e assim que, em uma das disciplinas fui parar na sala dos novatos. No primeiro dia, já um aluno mais acostumado a atrasar-se pelo uso do transporte coletivo, cheguei para a aula, com um sorriso faceiro, mas com um pouco de vergonha, era uma coisa nova a enfrentar. Bati na porta onde a aula já havia começado e entrei. A professora que já me conhecia não deixou de comentar minha presença, como se chegar atrasado já não me fizesse aparecer o suficiente diante da turma, e durante as explicações ela ia falando meu nome e pedindo exemplos. Eu, enquanto isso, ia reparando na turma. Como de costume neste curso, muitos religiosos, frades e freiras. Claro que percebi a existência de duas freiras da mesma "raça" (congregação), pois os hábitos eram iguais. Apenas apreciei.
Os dias de aula foram passando, e mais ou menos na segunda ou terceira semana de aula, uma das freiras, que normalmente não me dava papo veio para aula sem hábito. Com o que se chama, roupa civil, roupa 'normal'. Neste dia toda turma apresentava um trabalho, e ela foi à frente para apresentar com o grupo dela. Me pergunte o tema deles! Direi que nem me lembro mais. No entanto, quer saber como era aquela irmã? Estava com cabelo na altura dos ombros, mas presos, eram escuros e cacheados. Pele branca, uma boca linda, com um sorriso que enfeitava ainda mais aquele rosto que era lindíssimo. Usava uma camiseta preta, com uns dizeres coloridos estampados na frente. E que voz encantadora ela tinha. Sabe aquele momento de filme, em que todas as imagens ficam secundárias e só ela fica exposta para o apaixonado. Foi assim que aconteceu. Não me contive, olhei para um colega próximo e disse "como é linda essa freira!", ele concordou e riu. Mas internamente me repreendi, afinal, eu estava 'cobiçando' uma serva do Senhor, mas também me consolei, apenas estou admirando...

Ainda tem outra parte desta história, a parte do trabalho e os dias que se seguiram, mas conto na próxima postagem...

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